Estou atrasada, eu sei. Mas a culpa é do calendário de 2013, que correu feito um desvairado. Pois quando dei por mim, já estava atrasada. Por culpa desse apressado, paguei várias contas em atraso. Submeti meu artigo, hoje, quando o deveria ter feito ontem. Agora, tenho que pegar o próximo ônibus pra minha terra natal, porque esqueci, completamente, de comprar as benditas passagens aéreas.
Acredito que é bem, assim, com todo mundo. Reclamamos que falta tempo, mas acabamos passando dos prazos estabelecidos e fazendo tudo em cima da hora. Mal dos brasileiros? Há quem acredite nessa teoria. Continuo acreditando que o tempo não é absoluto. Tá certo, que existem prazos e as horas foram feitas pra serem cumpridas, contudo não há ordem cronológica para a realização dos nossos sonhos. Isso é bem clichê, mas por que sempre nos cobramos nos finais de ano?
No final das contas, algumas das minhas metas foram realizadas bem mais cedo do que outras. As triviais, como pintar as paredes do meu apartamento novo ou pôr meu closet em ordem, até deu pra concluir. As obrigatórias, como postar coisas no correio pra amiga que mora no Japão e pagar a contas, de fato, extrapolaram a data estipulada, mas, no final, deu tudo certo.
As metas com números determinados, também, foram moleza, como: ler 15 livros, assistir a 20 filmes, escrever 10 crônicas, conhecer mais 5 novos lugares no Brasil e fazer pelo menos 5 novos amigos. Confesso que, este último, não foi nada fácil, pois amigos verdadeiros não dão sopa em qualquer lugar.
As de longo prazo, como concluir a pós-graduação, essa sim, fechou, com chave de ouro, meu final de novembro. A festa foi linda! No entanto, não casei. E deixar aquele velho hábito de esquecer os compromissos, ainda, não deu, não senhor! A propósito alguém, aí, fez tudo o que gostaria?
Eu posso até escutar queixumes vindos do outro lado.
Casar, ter filhos, conseguir o emprego dos sonhos, ficar famoso, e por aí vai... Quantos de nós não esperamos, ansiosamente, que nossos sonhos se realizem a cada ano? Claro que, não necessariamente nessa ordem! Só que, na teoria, apesar de o tempo ser o mesmo pra todos nós; na prática, ele é totalmente relativo. Enquanto numa metade da vida somos jovens, noutra somos idosos. Mas, em qual dessas metades você vai realizar, aquilo, que se propôs a fazer nessa breve passagem pela Terra? Isso pouco importa. Quem dita o tempo é você!
O que importa mesmo é ter saúde. O resto se corre atrás. Só não dá é pra ficar parado, porque nesse trem (da vida) não existem velhas paradas. Ele corre, continuamente, para o futuro e é, lá, que todos nós iremos nos encontrar. Espera! Daqui, já posso ver 2014 na próxima estação. Adeus. E, boa sorte à todos os outros passageiros!
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